A indústria de madeira e celulose no Brasil se encontra em um momento crucial.
Com a demanda aquecida e um déficit estrutural de madeira de 1,450 milhão de hectares, os preços da matéria-prima estão em níveis históricos.
Nos últimos anos, a indústria investiu R$ 62 bilhões em expansão, com projetos como o Cerrado da Suzano e o Puma II da Klabin.
No entanto, ainda levará um ou dois ciclos para que a oferta atenda a demanda, segundo Henrique Haddad, vice-presidente da divisão de madeira da Dexco.
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Dexco sai na Frente
Em 2023, a divisão de madeira da Dexco foi o ponto forte da empresa, com um Ebitda recorde de R$ 1,4 bilhão.
Esse desempenho se deve em parte à antecipação e ao reforço dos investimentos em ativos florestais, com a percepção de que o negócio precisava ser verticalizado para se manter sustentável.
A Dexco também arrendou terras em Alagoas por meio da Caetex, uma joint venture com a Usina Caeté.
A área deve chegar a 40 mil hectares até o fim de 2025 e pode ser utilizada para a construção de uma nova fábrica de painéis de madeira ou de celulose.
A empresa também continua com o plano de reflorestamento e recomposição de suas áreas, buscando aumentar sua produtividade florestal.
A Dexco já conseguiu aumentar sua produtividade de 35-38 m³/hectare por ano para 50-55 m³/hectare por ano.
No entanto, a valorização da madeira nos últimos três anos, com o preço médio dobrando, pressiona os custos das empresas que não possuem autossuficiência de madeira.
A Dexco, por exemplo, viu a madeira passar de 17% para 25% dos custos de produção dos painéis em 2023.
A Dexco possui unidades florestais em Agudos (SP), Uberaba (MG), Taquari (RS) e na Colômbia.
A empresa segue buscando soluções para se manter competitiva nesse mercado desafiador.
Conclusão
Em suma, a indústria de madeira e celulose brasileira enfrenta um momento crucial.
O sucesso do setor dependerá da capacidade de superar os desafios atuais e investir em soluções inovadoras para garantir a sustentabilidade e a competitividade no mercado global.